Quando crianças somos educados por adultos, atualmente supostos adultos, mas não quero fugir do foco. Um adulto fica encarregado de nossa criação e educação.
O tempo passa e absorvemos deste, tudo que é pseudo correto. Formamos assim nossa bagagem cultural. Ainda assim apoiados pelo que aprendemos na escola e na comunidade. Esse adulto vai aos poucos corrigindo, moldando e orientando nossa formação/educação.
Até que chega um momento crucial.
Momento ou ponto em que nos damos conta que este adulto esta deixando de lado tudo que nos ensinou.
Começa ele a cometer pequenos erros como: falar errado, postura diante de pessoas e uma incrível mania de achar que é superior em tudo. Inclusive sobre os outros?
Por que isso acontece?
Como eu disse lá no início, somos educados por eles e sempre ouvindo que adultos e idosos merecem respeito. Não discordo disso.
Outra coisa que também tenho observado é que cada dia que passa as crianças estão sendo o reflexo de seus avós, ou pessoas de mais idade, que na maioria das vezes é contratada para auxiliar na educação das crianças. E você já parou para observar o modo como esse adulto fala diante de seus filhos? As concordâncias, os plurais, até mesmo o modo correto de falar? Já reparou na postura diante da mesa? Se mastiga de boca aberta ou fechada, se fala com ela cheia ou não?
Já parou pra reparar tudo isso?
Muitas vezes não nos tocamos porque essa pessoa foi quem cuidou de nossos irmãos, primos, toda a rua do bairro, que hoje são o exemplo. Ou mesmo porque ela nos foi muito bem recomendada, por famílias tradicionais ou cobra muito caro por seus serviços. Mas será que na época que cuidou tinha essa mesma postura de hoje?
Isso existe sim!
Só eu sou o errado por reparar em fala e postura, ou todos ao nosso (meu) redor estão mesmo falando errado e agindo de forma não tão correta? Grande parte dos universitários não sabe usar concordâncias ou se sabe não usa pra ficar ‘ligadinho’ com o meio. Nem eu sei escrever direito. Abuso das vírgulas, parágrafos e exclamações. Misturo tempos verbais. Mesmo assim tento utilizar toda aquela bagagem que recebi.
Odeio parte da sociolinguística que de certa forma apóia o modo incorreto de falar. Desde que a mensagem seja transmitida e compreendida, não importa o modo. Que ódio!!!!
A televisão já se encarrega de inserir nas crianças hábitos não tão corretos. Gírias e modelos que muitos não consideram o ideal, mas que por estar na moda acham isso normal. Eu também acho normal, mas não absorvo expressões de uma novela, por exemplo. Até porque nem assisto mais.
Não quero aqui dizer que seja proibido falar de forma diferente da norma culta, que não existe mais. Pelo menos ficou nos livros empueirados. Será que estou ficando cego? Por que cegos aprimoram a audição. Estou errado em usar parte do que aprendi na vida? Não preciso usar norma culta todo o momento. Dá pra variar entre o formal e o informal e ser feliz. Mas só vejo o informal e desleixado.
Não encontro uma resposta...
Não vivo no meio de pessoas desfavorecidas culturalmente. Já disse isso várias vezes aqui no blog. E mesmo assim ouço coisas como: “...mas ele ta fazenu isso...’, “...ah! eu já to inu...’ e por aí vai...
Acho que o problema do gerúndio /NDO/ é um monstro que pega os crescidinhos!
Pior é que esse monstro ataca crianças e adultos nem tão velhos quanto eu. E olha que sou velho e chato...
Me tirem desse mundo....
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