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15 abril 2013

Gente Perdida.



Impressionante como existe gente perdida nesse mundo. Esses dias, enquanto ainda estava trabalhando, peguei meu ônibus e uma menina, toda arrumadinha indo para uma entrevista de emprego, não sabia nem dizer onde ficava o local que desejava chegar. Imagina a profissional que será uma pessoa dessas. E o pior: para a idade dela é comum ter conta em quase todas as redes sociais. Mas não é capaz de procurar um endereço no Google.




Hoje enquanto acompanhava minha mãe em algumas lojas no centro, aguardava seu retorno na porta da loja, não mais que 10 minutos foram necessários para cinco pessoas me perguntarem direção, nome de rua e pontos de referência. Tudo bem, confesso que uma delas não era mesmo de Porto Alegre, mas as demais sim. Não é obrigação ninguém saber tudo, ou conhecer ruas, mas o mínimo de noção, de localização se faz necessário.



Lembro do tempo que morei em São Paulo, minhas entrevistas de emprego eram devidamente preparadas. Quase que cronometradas por causa do caos que é o trânsito por lá. Não só procurava na internet, mas ligava para a prefeitura para saber qual ônibus passava mais próximo. Muitas vezes até fiz o trajeto um dia antes. Não sou nem melhor, nem pior por fazer isso. O que quero deixar claro é a importância de ter um pouco de noção, de saber por onde você anda.

Ainda sobre gente perdida. Quem sou eu para falar disso, mas falo mesmo assim. Poderia ter me perdido na adolescência por causa das más companhias que tive, mas nem por isso o fiz. Acho isso um crédito. Então vou falar.

Que povo é esse que se denomina estudante, que tem a força sabemos, mas que prefere usar na destruição do patrimônio público e privado achando que isso é a coisa mais normal do mundo. Sim, estou falando dos manifestos contra o aumento de passagens aqui em Porto Alegre. Não sou contrário, mas todo o protesto deve ser devidamente planejado. Temos força para parar uma cidade, mas parece que “a organizadora” perdida como pareceu estar nas reportagens e participações de programas locais não sabe disso. Tanto que foi impedida de participar de importante reunião na Sede da Prefeitura.

E não venham me dizer que essa moça que representa o DCE da UFRGS (Reportagem Clicrbs) tem preparo para discutir algo. Como eu disse, não ficou claro em suas participações nos meios de comunicação que vi. Ainda falando em ver, esses dias, na verdade um belo domingo à vi passeando pelos arredores da Redenção. Gostaria mesmo de ver essa moça expondo suas ideias por pelo menos 30 minutos. Para me convencer.

Neste domingo li um texto muito interessante, mas que meu achei o mais disléxico do mundo. Tive que pedir ajuda à minha namorada para sabre quem o autor queria apunhalar. O texto estava no facebook que um amigo e fiz essa pergunta: “Não entendi. O Texto concorda que vandalismo e mijar na rua é certo, ou a polícia que deveria tratar com mais carinho quem o faz?” – foi mais-ou-menos isso que perguntei.
Gente perdida protesta com violência, pois não sabe a força que tem, mas tem mais gente perdida que acha que mijar na rua e vandalizar em dias de jogos é normal. Também sou gremista, dá pra notar, mas não concordo com baderna, logo, sou contra o texto que li.

O bom foi saber que não estava perdido no mundo. Lendo alguns comentários deste texto notei que mais gente compartilha da minha opinião: “a polícia precisa agir sim com violência se necessário...” O que mais me deixa intrigado é o final deste que parece nunca ter fim.

Já participei de jogos no finado Estádio Olímpico onde gremistas apedrejavam ônibus de gremistas. Não que isso não aconteça com o rival. Mas não era para acontecer quando se trata da mesma torcida.

Leiam o texto e tirem suas conclusões (Leia Aqui), o que concluo é que cada vez mais estamos só olhando para nossos umbigos, nossos interesses, estamos esquecendo que vivemos em comunidade e para que dê certo é necessário viver em harmonia: vizinho com vizinho, torcidas – mesmo que adversárias, manifestantes e polícia e a mais difícil: eleitor e político.

Mesmo que não seja possível, ninguém quer tentar.

Tirem suas conclusões. Só não me ataquem “na rua”.

Obrigado.

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