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26 maio 2015

Descobrir



Desde que comecei a trabalhar com informática tenho tido quase que uma descoberta por dia.

Descobri que realmente o usuário está sempre um passo a nossa frente. É um briga dura. A cada dia se descobre um jeito de burlar uma regra, mas nós também descobrimos um jeito de descobrir quem consegue burlar nossas regras. A atualização precisa ser constante.

Descobri também que poucas pessoas compartilham do seu conhecimento, nem mesmo indicam um caminho para seguir. Por coincidência passei por isso hoje: uma infeliz de uma atendente que se intitula “analista” me explicando um procedimento com nítida falta de vontade na voz. Como se eu fosse obrigado a saber no que estava mexendo. Para este espírito sem luz eu só desejo (que se foda) que encontre a divina luz. Ainda bem que tenho as pessoas certas por perto.
Pessoas certa porque caí na informática como que de paraquedas. Tinha o conhecimento de usuário metido e com o tempo e “pessoas certas” fui me aprimorando e alimentando o conhecimento.

Descobri ainda que minha paciência é como uma memória expansível. Ela varia de um simples pendrive à um hd de 1Tera por exemplo, tamanha é perturbação que o usuário consegue proporcionar. Uma hora te pede uma coisa, depois não sabe explicar o que quer, viu ou soube que em outra empresa é de um jeito e quer que seja igual, enfim, o usuário acha que pode tudo, que tem poderes de administrador.

"Querido! Lamento informar, mas as coisas não funcionam desse jeito".

* * *

Se hoje foi o dia de descobrir, então descobri que nos próximos dias o tempo ficará completamente louco com previsão de quase 150mm de chuvas, possibilidade de temporais e rajadas de vento. Faz seis meses que espero por um tempo assim – num domingo – não no meio da semana. Não dá pra trocar não?

Descobri que não tenho ingerência sobre o tempo. Isso é uma pena.

Descobri também que na sexta-feira está marcado uma paralisação de 24h no transporte municipal.

Descobri hoje terça-feira, que a sexta-feira será caótica: chuva e greve de ônibus.

Descobri que preciso de uma maneira para não pensar nisso, afinal, estamos só na terça-feira.

10 fevereiro 2015

Perdemos a Semântica


Foi-se o tempo do bom e velho sentido das coisas. Antigamente era tão bom xingar alguém, dizer boas verdades. Hoje por mais que você fale é difícil fazer a pessoa entender, seja por falta de vontade ou mesmo pela falta de leitura ou estudo.
Hoje ou a pessoa é barraqueira, no mais puro sentido da palavra. Se é que ele ainda existe. Ou ela é passional e deixa assim mesmo e se sente sempre uma vítima. Como sagitariano, sou a mistura dos dois.

Já não é novidade nenhuma, mas esses dias estava circulando num ônibus da capital e ouvindo o papo de duas amigas. Ou estou de fones ouvindo música bem alto, ou estou prestando atenção na conversa dos outros. Isso aprendi com uma excelente professora de literatura em São Paulo. Mas essas amigas que não tinham mais de 18 aninhos e falavam de música, comida, drogas, sexo – muito sexo – e como se aproximavam de seus homens, na verdade entendi essa parte como vítimas. Sim os homens ou o que elas procuram são tratados por elas quase que como presas – vítimas no mais puro sentido. Usou e depois joga fora. Por sorte a viagem era longa e pude me deliciar com a atual juventude. E sim de novo o titio aqui não cozinha mais na primeira fervura.

Passado o espanto da sexualidade juvenil. Ah se no meu tempo eu fosse assim! Outra coisa que me chamou muito a atenção foi o modo como elas se tratavam. Ou era “puta” ou era “vaca”.

O “puta” da segunda metade da década de 90 em diante, muito por influência de São Paulo e de algumas novelas tornou-se adjunto Adverbial de intensidade: “Puta casa essa que tu tem meu”, “Puta carro cê comprou mano!” Então o puta deixou faz tempo de ter aquele sentido que tinha no passado. Você usar “puta” associado ao nome de qualquer coisa era uma ofensa.

Hoje as meninas usam “puta” no lugar do nome da pessoa: “...sua puta! Você beijou ele?....”, ou então, “...sua puta! Mesmo assim você ficou com ele...” Perdeu-se a semântica.

O mesmo acontece com a vaca. Substitua “puta” por “vaca”, neste caso se aplica a semântica atual. Não a verdadeira semântica. Puta e Vaca eram usados como ofensas. As ofensas de hoje se transformaram em agressões. Vejo meninas partindo para as “vias-de-fato” na frente das escolas, será que por causa da semântica? Não sabem mais se xingar sem agressões? Não sabem mais puxar cabelo na hora do recreio?

Lá no início disse que sou barraqueiro e vítima. Sim. Como bom sagitariano sou festeiro e parceiro, mas também sou de lua. Agradeço aos que não entraram na minha pilha e assim evitamos incidentes maiores.

Por falar em vaca, eu tenho uma Vaca, é minha mascote de pelúcia.
Tiozinho e com mascote de pelúcia?
Não! Não sou isso que você pensou.
Só vivo num mundo diferente do seu.
O meu mundo.

05 janeiro 2015

Comemorando... Vai ser assim o ano inteiro...



Esse teve até direito a "ui".....

Porque 2014 foi puxado, desgastante e pra espantar toda essa "zica" do ano passado. E pra começar os trabalho aqui no blog em 2015, deixo aqui o nosso "ui"   :))

Mas que venha logo o carnaval