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11 dezembro 2007

PENSAMENTO DA SEMANA - 11/12

Mesmo não sendo um pessoa...humana..., pois não sou de ajudar aos outros com freqüência. Sou à favor das pessoas que não o são, ou que o fazem de alguma forma..
Mas isso traz alguns contra-tempos.
Que saber quais?
Então acessa aí e continua lendo...
Se você ajuda alguém, é a favor de ajudar sempre ou for contra. Dê uma lida nesse texto.


É muito difícil você me ver ajudando alguém, algum estranho. Posso até ouvir mas não dou conselhos. As pessoas costumam interpretar errado os conselhos. Aquilo que você diz poderá ser usado contra você no futuro. Como não gosto que palpitem na minha vida e meus atos, prefiro ficar na minha.
Mas sobre ajudar estranhos, só uma coisa me comove. Os cegos. Prefiro chamá-los assim pois não concorde em adjetiva-los de “deficientes”. Eles fazem coisas que pra nós com os 2 olhos bem abertos é impossível de fazer. Pra eles eu atravesso a rua e os busco para meu lado, ajudo tomar um ônibus e as coisas que eles precisam de nosso primeiro e simples auxílio.
Agora para os outros... é muito difícil eu ajudar.
Roupas – raramente me desfaço das minhas e quando faço é sempre para alguém conhecido.
Adultos e crianças pedindo dinheiro na rua. Nem que eu seja louco, melhor, fique louco. E esse é o ponto que eu queria chegar.
Você não sabe pra onde vai esse dinheiro, nem se precisam mesmo.
Lembro que lá no centro de Porto Alegre, um cara andava normalmente pela rua quando de repente, sentava em qualquer lugar da Rua da Praia, erguia as calças até os joelhos, mostrando enorme feridas nas pernas, gritava e implorava por ajuda – já o vi sair correndo em razão da polícia, e acreditem, o infeliz corre!
Faz alguns meses li em um importante jornal de circulação nacional, sobre uma mulher que deixa seu carro 0 KM em algum lugar e ia para outro pedir dinheiro nos sinais de trânsito. Aí eu pergunto: “É certo ajudar essa gente na rua?”
Aqui em São Paulo não dou dinheiro. Existem restaurantes comunitário em parceria com algumas instituições e igrejas diversas que auxiliam essa gente – chegamos ao ponto principal de hoje. De novo, aqui em São Paulo região da av. Paulista, mais exato na Rua Penaforte, segundo principal acesso ao Shopping Frei Caneca que é um dos principais da região tem um restaurante desses. A idéia é nobre, mas o acúmulo de indigentes nas calçadas, o cheiro de bebida. Vejo muitas pessoas entre elas idosos e crianças arriscando-se ao dividir a rua com os carros pois estas estão impróprias devido aos corpos imundos nelas jogados – efeito do álcool. Não é só o nojo ou preconceito que fazem as pessoas se arriscaram junto aos carros, mas o medo de uma possível revolta ou roubo – freqüente na região – não exatamente na Rua Penaforte, mas na região, praticados por quem(?)
Agora para piorar na mesma rua no número 101-A, tem um bar (boteco – mas bem boteco mesmo) onde os infelizes invadem a calçada com cadeiras e uma churrasqueira improvisada, carros abertos com músicas impossíveis de ser identificadas. É o verdadeiro caos nas ruas de São Paulo. Não adianta você chegar e pedir licença e assim passar por um lugar que de direito é seu. É bem provável que ouça algumas besteiras – se for mulher então...
A cada dia aumenta o número de indigentes nas ruas de São Paulo. Alguns tentam no escuro a sorte na grande capital, outras realmente da imensa pobreza existente. Por mais que o governo tente auxiliá-los dando Bolsa Disso ou Bolsa Daquilo, chegam inclusive a receber local para moradia. Na Zona Norte, região do Shopping Center Norte, faz alguns anos o governo construiu um “tal” de Singapura (conjunto de prédio populares) para os moradores cadastrados de uma grande favela local.
Incrível...
Muitos sub-locaram suas moradias para integrantes da própria favela e organizaram e construíram uma outra favela bem ao lado.
Como ajudar alguém? Nós humanos?
Não sabemos para onde vai nosso dinheiro ou a comida e roupas que damos. Por isso prefiro ajudar, quando ajudo, aqueles que conheço. Pelo menos não corro o risco de vestir e alimentar alguém que poderá me assaltar na próxima esquina.
Mesmo com todos esses pontos contrários acho nobre a atitude de quem o faz...porque eu não!


Um comentário:

Sem Noção disse...

Um bom retrato de uma realidade.